Ágora (VII) - presidenciais: mau presságio
Após as primeiras entrevistas aos candidatos (falta Cavaco) tem-se discutido muito o acessório e pouco o essencial. É de facto um mau presságio para os meses que aí vêm
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Durante as últimas entrevistas (vi apenas a de Jerónimo e a de Alegre, as outras li e ouvi apenas os ecos dos media) tem-se debatido muito as razões pessoais das candidaturas, a opinião sobre os adversários e pouco sobre o que pretendem como futuros presidentes, quais as ideias para lá dos "manifestos".
Jerónimo e Louçã sabemos que não querem ser presidentes, apenas querem um tempo de antena gratuito para discutirem tudo menos as presidenciais, para atacarem Sócrates, o Governo e, se houver tempo, Cavaco. No entanto, Constança Cunha e Sá não tem deixado de tentar jogar os candidatos da esquerda uns contra os outros, procurando os culpados de uma previsível derrota da Esquerda.
Mas o que mais me impressionou foi as constantes perguntas a Alegre sobre Soares, sobre o PS, se estava triste, se se sentia traído. Sobre as suas ideias e propostas nada! Alegre bem tentava, mas a entrevistadora apenas queria ouvi-lo sobre Soares. E isto provocou o óbvio – o sound bite que ficou foi: «Só senti o impulso de me candidatar depois do PS ter manifestado o apoio a Mário Soares.».
Perante a péssima entrevista, só poderia resultar isto. Contudo esta frase foi descontextualizada. Alegre disse que temporal e cronologicamente só se decidiu depois do apoio do PS a Soares. Mas a decisão não teve a sua génese na retaliação ou reacção a Soares, mas sim foi fruto da pressão da sociedade civil, de Esquerda, e também do PS, que ficou descontente com as opções de candidaturas à Esquerda. Alegre veio preencher uma lacuna à Esquerda. Não contra Soares, mas porque Soares, Jerónimo e Louçã não satisfizeram o eleitorado da Esquerda! Parafraseando Alegre: «Não é pecado? Pois não?»
Nota: É de lamentar que na apresentação da sua candidatura, Louçã tenha o desplante de se afirmar como um "não-candidato", não apresentado um programa presidencial, mas assumindo o uso do tempo de antena para promoção de si próprio, do seu partido e para críticas ao Governo. Ao menos podia ter disfarçado...
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Durante as últimas entrevistas (vi apenas a de Jerónimo e a de Alegre, as outras li e ouvi apenas os ecos dos media) tem-se debatido muito as razões pessoais das candidaturas, a opinião sobre os adversários e pouco sobre o que pretendem como futuros presidentes, quais as ideias para lá dos "manifestos".
Jerónimo e Louçã sabemos que não querem ser presidentes, apenas querem um tempo de antena gratuito para discutirem tudo menos as presidenciais, para atacarem Sócrates, o Governo e, se houver tempo, Cavaco. No entanto, Constança Cunha e Sá não tem deixado de tentar jogar os candidatos da esquerda uns contra os outros, procurando os culpados de uma previsível derrota da Esquerda.
Mas o que mais me impressionou foi as constantes perguntas a Alegre sobre Soares, sobre o PS, se estava triste, se se sentia traído. Sobre as suas ideias e propostas nada! Alegre bem tentava, mas a entrevistadora apenas queria ouvi-lo sobre Soares. E isto provocou o óbvio – o sound bite que ficou foi: «Só senti o impulso de me candidatar depois do PS ter manifestado o apoio a Mário Soares.».
Perante a péssima entrevista, só poderia resultar isto. Contudo esta frase foi descontextualizada. Alegre disse que temporal e cronologicamente só se decidiu depois do apoio do PS a Soares. Mas a decisão não teve a sua génese na retaliação ou reacção a Soares, mas sim foi fruto da pressão da sociedade civil, de Esquerda, e também do PS, que ficou descontente com as opções de candidaturas à Esquerda. Alegre veio preencher uma lacuna à Esquerda. Não contra Soares, mas porque Soares, Jerónimo e Louçã não satisfizeram o eleitorado da Esquerda! Parafraseando Alegre: «Não é pecado? Pois não?»
Nota: É de lamentar que na apresentação da sua candidatura, Louçã tenha o desplante de se afirmar como um "não-candidato", não apresentado um programa presidencial, mas assumindo o uso do tempo de antena para promoção de si próprio, do seu partido e para críticas ao Governo. Ao menos podia ter disfarçado...
1 Comments:
Gostei muito de conhecer este blog
Sobre este tema que também dou importância...
Sobre a nota que o Lousã foi directo nas suas atitudes e porqu~e das sua candidatura...
Que haja mais a falarem do que desejam , é preferivél do que andarem no jogo do gato e rato como o Soares que tem um vasto historial , que somente por si lhe dá a triste(Triste para ele ) derrota.
O Cavaco num espaço de 20 anos foi o único , que aplicou suas ideias mesmo que na altura fosse criticado pelas suas medidas drásticas...
De resto tivemos santanas , guterres , soares, durões , que levaram este nosso pais quase á banca rota.
Por isso se é para colocar alguém a nos representar que seja alguém com um minimo de positivo historial politico (Governante).
Que o presidente seja um simbolo de ostentação , pelo menos isso...
Dustspell
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Anónimo, at 4:47 da tarde
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